Mas o fato é que o Cutelo da Justiça não era nada popular naqueles tempos, uma vez ao tentar impedir um assalto à mão armada, assaltante e vítima se uniram para tentar detê-lo. Desde que a mídia o tinha deixado no ostracismo, ele não era mais o Bárbaro Voador nem o Vigilante Vermelho, nem herói nem bandido, esquecido por todos sem nunca ter sido chamado pelo verdadeiro nome. Ele se sentia como um sub-herói, uma sub-celebridade que não luta por fama ou glória, e sim por justiça.
Irineu continuava sua marcha a caminho de casa até que algo o chamou a atenção. Dirigiu-se à banca de revistas com o olhar fixado naquilo, e então pegou um exemplar do jornal que trazia na capa a foto de um homem alto e mascarado, com um uniforme branco e vermelho que apertava a mão do presidente, a manchete dizia "O Poderoso Trabalhador apóia o Presidente." Isso sim é reconhecimento.
O Poderoso Trabalhador havia surgido a não mais que uma quinzena, solucionando crimes e prendendo bandidos, brandindo seu cetro na mão esquerda, foi a ascensão mais rápida de um super-herói, sua popularidade era invejável, em todo lugar era visto o seu escudo, uma esplendorosa estrela vermelha de cinco pontas com as suas duas iniciais em letra branca. Irineu levou a mão ao bolso para pagar pelo exemplar que estava lendo, mas novamente sentiu falta da carteira.
Devolveu o jornal sob o olhar impaciente do jornaleiro e continuou sua marcha a caminho de casa.
Devolveu o jornal sob o olhar impaciente do jornaleiro e continuou sua marcha a caminho de casa.
Irineu nunca vira O Poderoso Trabalhador em ação, gostaria de saber o que fazia dele tão popular. A mídia sempre enaltecia seus feitos e mostrava o quanto ele era dedicado com as famílias carentes, como sua chegada ao topo havia sido difícil, e até ia sair um filme com a sua história. O fato é que o povo gostava dele, todos queriam ser como ele, ele era o novo herói daquela geração.
Irineu abriu a porta lateral do açougue e andou até o freezer, lá dentro estava o uniforme escarlate do Cutelo da Justiça. No freezer, exatamente onde a mídia me deixou.
Ele vestiu o uniforme e saiu para a noite que o aguardava, sem pensar em mais nada, afinal ele era o ultimo Cutelo, e sua linhagem não nascera para fama ou glória, e sim para justiça.
GENIAL!!!! isso ainda vai dar um livro! ahusashuasuhasuhsa
ResponderExcluircronicas do sabio veio..kk
ResponderExcluirse possível, visite meu blog
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